As discussões sobre o maior ou menor grau de verdade da película e do digital são intermináveis — e, sem dúvida, necessárias e motivadoras. Em qualquer caso, já compreendemos que não faz sentido, será mesmo profundamente retrógrado e paralisante, conduzir tais discussões visando a sagração de uma alternativa de filmagem (e a demonização da outra). Talvez seja até útil pensar que esse grau de verdade pode envolver um profundo equívoco, fechando-nos numa concepção da imagem que se esgota na sua capacidade de "reprodução". Como alternativa, talvez possamos supor que, quando mudamos de suporte técnico, o que muda é o próprio sistema imaginário — de visão, informação e narrativa — em que nos vamos inserir.
Pergunta de algibeira: que imagens são mais fiéis às singularidades da natureza? Ou ainda, resistindo a falsas evidências: o que é a natureza?
Este é um pequeno video promocional da Kodak, celebrando as qualidades específicas do Super 8 — foi posto a circular em 2017, pouco depois da marca ter lançado uma nova câmara de Super 8.
JL